O Espiritismo se denomina a 3ª revelação de Deus que veio completar e explicar a 2ª revelação que é Jesus Cristo, o Messias (a 1ª revelação seria Moisés). Se o Espiritismo é uma revelação que procede de Deus, então ela deve confirmar as duas revelações anteriores e não contradizê-las. Entretanto, quando comparadas, o Espiritismo ensina o oposto do Cristianismo, além de negar a inspiração divina da Bíblia e dizer que ela não é suficientemente clara, contém erros e foi mal interpretada pelos homens.
A seguir, veremos os fundamentos do Espiritismo e o que a Bíblia nos diz a respeito:
COMUNICAÇÃO COM OS MORTOS
O Espiritismo constantemente recorre a textos bíblicos em busca de apoio para essa crença, embora a palavra de Deus proíba essa prática (Dt 18,9-12).
Em 1 Samuel 28,13, a mulher disse: "Vejo um deus que sobe da terra" e no versículo 14 diz: "Entendendo Saul que era Samuel...", mostra que Saul não tinha convicção de quem era. Há três coisas a considerar: (1) Samuel não apareceu. (2) Um espírito de demônio apareceu (2 Co 11,13-14 e 1 Sm 16,23). (3) A mulher usou de fraude e enganou ao Rei Saul.
Mediante o ensino da Bíblia, é inteiramenle impossível a comunicação entre vivos e mortos: Jó 7,9-10; Ec 9,5-6; Lc 16,19-31.
REENCARNAÇÃO
Para o Espiritismo, o objetivo da reencarnação é: "expiação, aprimoramento progressivo da humanidade" e a cada encarnação, o espírito avança para o estágio final. Allan Kardec disse: "O princípio da reencarnação ressalta, aliás, de várias passagens das Escrituras, e se encontra notavelmente formulado de maneira explícita no Evangelho". Além de afirmar que a reencarnação está baseada nos evangelhos, Kardec reitera ser ela a única doutrina que satisfaz à justiça de Deus. O Espiritismo segue o pensamento gnóstico, segundo o qual o corpo é algo essencialmente mau, daí ser o objetivo do espírito libertar-se do ciclo de reencarnações, tornando-se um "espírito puro".
Apontamos alguns textos usados pelo Espiritismo para fundamentar a reencarnação:
Mateus 11,12-15 - usam este texto para dizer que João Batista era reencarnação de Elias. João Batista não era Elias reencarnado pelas seguintes razões:
No monte da transfiguração (Mt 17,1-6), quem apareceu foi Elias e não João Batista, como era de se esperar se João fosse a última encarnação de Elias.
Quando indagaram se ele era Elias, sua resposta foi: "Não" (Jo 1,19-23).
Para que João Batista fosse a reencarnação de Elias, este precisaria ter morrido primeiro. E Elias nunca morreu, pois foi arrebatado vivo ao céu (2 Rs 2,11). Entendemos que João Batista cumpriu funcional e profeticamente o ministério de Elias.
João 3,1-12 - Eles afirmam que neste texto o próprio Jesus ensinou a reencarnação ao falar do novo nascimento. O contexto de João 3,1-12 indica claramente que Jesus estava se referindo a um nascimento espiritual e não físico (v.6). O nascer "de novo", significa "do alto", "de cima", efetuado pelo próprio Espírito Santo (Tt 3,5; 2 Co 5,17).
Jó 1,20-21 e 14,10-14 - Os reencarnacionistas declaram que Jó expressou esperança na reencarnação. Jó não está referindo ao retorno da alma, ou espírito, a um outro corpo, numa outra encarnação, mas sim à descida do corpo à sepultura. A palavra "Ventre" é usado por Jó praticamente para eqüivaler a "terra". Jó não cria na reencarnação; cria que ressuscitaria num corpo imortal. Ele declara esta esperança em Jó 19,24-26.
O que a Bíblia ensina é uma existência única, durante a qual o homem tem oportunidade de acertar-se com Deus (Hb 9,27). O desejo de Deus é que "todos os homens sejam salvos" (2 Tm 2,4). Ele não quer que "nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (2 Pe 3,9).
SALVAÇÃO PELAS BOAS OBRAS
Allan Kardec no livro o Evangelho Segundo o Espiritismo afirma: "Meus filhos, na máxima "Fora da caridade não há salvação" estão contidos os destinos dos homens na terra como nos céus". As boas obras nunca salvaram, nem ajudam a salvar. Paulo afirma, em Efésios 2,8-10, que a salvação é pela graça, por meio da fé em Jesus Cristo, e nele somos criados para as boas obras, a fim de que as pratiquemos.
CONCLUSÃO
O atual avanço do Espiritismo em todo o mundo é um sinal do final dos tempos, pois a Palavra de Deus avisa que nos últimos tempos, muitos darão ouvidos a doutrinas demoníacas (1 Tm 4,1).
Porque não sou espírita kardecista...
"Porém, nunca o repetirei demasiado, não aceiteis coisa alguma às cegas". Erasto - LM cap. V item 98
É muito comum encontrarmos afirmações do tipo: Espírita Kardecista, Kardecismo. Isto cada vez mais, vai se tornando natural no meio Espírita em palestras, jornais e revistas.
Porém o que me chamou a atenção foi o artigo da jornalista Renata Saraiva no Jornal Valor de 15 de dezembro de 2000, no seu artigo "Loucura e espiritismo no Brasil" a chamada é a seguinte: "Historiadora estuda como a psiquiatria tratou o Kardecismo no início do século".
Recorro agora a equipe de espíritos responsáveis pelo Livro dos Espíritos, vamos aos prolegômenos deste livro, que nos dizem: "Este livro é o repositório de seus ensinos, foi escrito por ordem e mediante ditado de Espíritos superiores para estabelecer os fundamentos de uma filosofia racional. Nada contém que não seja a expressão do pensamento deles e que não tenha sido por eles examinado. Só a ordem e a distribuição metódica das matérias, assim como as nota e a forma de algumas partes da redação constituem obra (d?)aquele que recebeu a missão de os publicar".
Com base neste item Kardec faz uma nota explicando o seu papel "neste grande movimento de idéias". Neste mesmo livro no Cap. XVII, Predições do Evangelho item 40, podemos ler : "Não é uma doutrina individual, uma concepção humana; ninguém pode dizer-se seu criador. É o produto do ensino coletivo dos espíritos, ao qual preside o Espírito de Verdade." E no rodapé da pagina joga uma pá de cal sobre este assunto, escrevendo o seguinte:
"Todas as doutrinas filosóficas e religiosas trazem o nome da individualidade fundadora: o mosaismo, o cristianismo, o maometismo, o budismo, o cartesianismo, o furierismo, san-sinomismo, etc...
A palavra Espiritismo ao contrário, não lembra nenhuma personalidade, ela encerra uma idéia geral, que indica, ao mesmo tempo, o caráter e a fonte múltipla da doutrina."
(Publicado no Boletim GEAE- Grupo de Estudos Avançados Espíritas- Número 429 )
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