sábado, 5 de janeiro de 2013

ESPIRITISMO


O Espiritismo se denomina a 3ª revelação de Deus que veio completar e explicar a 2ª revelação que é Jesus Cristo, o Messias (a 1ª revelação seria Moisés). Se o Espiritismo é uma revelação que procede de Deus, então ela deve confirmar as duas revelações anteriores e não contradizê-las. Entretanto, quando comparadas, o Espiritismo ensina o oposto do Cristianismo, além de negar a inspiração divina da Bíblia e dizer que ela não é suficientemente clara, contém erros e foi mal interpretada pelos homens.
A seguir, veremos os fundamentos do Espiritismo e o que a Bíblia nos diz a respeito:


COMUNICAÇÃO COM OS MORTOS


O Espiritismo constantemente recorre a textos bíblicos em busca de apoio para essa crença, embora a palavra de Deus proíba essa prática (Dt 18,9-12).
Em 1 Samuel 28,13, a mulher disse: "Vejo um deus que sobe da terra" e no versículo 14 diz: "Entendendo Saul que era Samuel...", mostra que Saul não tinha convicção de quem era. Há três coisas a considerar: (1) Samuel não apareceu. (2) Um espírito de demônio apareceu (2 Co 11,13-14 e 1 Sm 16,23). (3) A mulher usou de fraude e enganou ao Rei Saul.
Mediante o ensino da Bíblia, é inteiramenle impossível a comunicação entre vivos e mortos: Jó 7,9-10; Ec 9,5-6; Lc 16,19-31.


REENCARNAÇÃO


Para o Espiritismo, o objetivo da reencarnação é: "expiação, aprimoramento progressivo da humanidade" e a cada encarnação, o espírito avança para o estágio final. Allan Kardec disse: "O princípio da reencarnação ressalta, aliás, de várias passagens das Escrituras, e se encontra notavelmente formulado de maneira explícita no Evangelho". Além de afirmar que a reencarnação está baseada nos evangelhos, Kardec reitera ser ela a única doutrina que satisfaz à justiça de Deus. O Espiritismo segue o pensamento gnóstico, segundo o qual o corpo é algo essencialmente mau, daí ser o objetivo do espírito libertar-se do ciclo de reencarnações, tornando-se um "espírito puro".
Apontamos alguns textos usados pelo Espiritismo para fundamentar a reencarnação:
Mateus 11,12-15 - usam este texto para dizer que João Batista era reencarnação de Elias. João Batista não era Elias reencarnado pelas seguintes razões:
No monte da transfiguração (Mt 17,1-6), quem apareceu foi Elias e não João Batista, como era de se esperar se João fosse a última encarnação de Elias.
Quando indagaram se ele era Elias, sua resposta foi: "Não" (Jo 1,19-23).
Para que João Batista fosse a reencarnação de Elias, este precisaria ter morrido primeiro. E Elias nunca morreu, pois foi arrebatado vivo ao céu (2 Rs 2,11). Entendemos que João Batista cumpriu funcional e profeticamente o ministério de Elias.
João 3,1-12 - Eles afirmam que neste texto o próprio Jesus ensinou a reencarnação ao falar do novo nascimento. O contexto de João 3,1-12 indica claramente que Jesus estava se referindo a um nascimento espiritual e não físico (v.6). O nascer "de novo", significa "do alto", "de cima", efetuado pelo próprio Espírito Santo (Tt 3,5; 2 Co 5,17).
Jó 1,20-21 e 14,10-14 - Os reencarnacionistas declaram que Jó expressou esperança na reencarnação. Jó não está referindo ao retorno da alma, ou espírito, a um outro corpo, numa outra encarnação, mas sim à descida do corpo à sepultura. A palavra "Ventre" é usado por Jó praticamente para eqüivaler a "terra". Jó não cria na reencarnação; cria que ressuscitaria num corpo imortal. Ele declara esta esperança em Jó 19,24-26.
O que a Bíblia ensina é uma existência única, durante a qual o homem tem oportunidade de acertar-se com Deus (Hb 9,27). O desejo de Deus é que "todos os homens sejam salvos" (2 Tm 2,4). Ele não quer que "nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (2 Pe 3,9).


SALVAÇÃO PELAS BOAS OBRAS


Allan Kardec no livro o Evangelho Segundo o Espiritismo afirma: "Meus filhos, na máxima "Fora da caridade não há salvação" estão contidos os destinos dos homens na terra como nos céus". As boas obras nunca salvaram, nem ajudam a salvar. Paulo afirma, em Efésios 2,8-10, que a salvação é pela graça, por meio da fé em Jesus Cristo, e nele somos criados para as boas obras, a fim de que as pratiquemos.

CONCLUSÃO


O atual avanço do Espiritismo em todo o mundo é um sinal do final dos tempos, pois a Palavra de Deus avisa que nos últimos tempos, muitos darão ouvidos a doutrinas demoníacas (1 Tm 4,1).






Porque não sou espírita kardecista...




"Porém, nunca o repetirei demasiado, não aceiteis coisa alguma às cegas". Erasto - LM cap. V item 98
É muito comum encontrarmos afirmações do tipo: Espírita Kardecista, Kardecismo. Isto cada vez mais, vai se tornando natural no meio Espírita em palestras, jornais e revistas.
Porém o que me chamou a atenção foi o artigo da jornalista Renata Saraiva no Jornal Valor de 15 de dezembro de 2000, no seu artigo "Loucura e espiritismo no Brasil" a chamada é a seguinte: "Historiadora estuda como a psiquiatria tratou o Kardecismo no início do século".
O artigo trata da tese de doutorado da historiadora da Universidade Estadual de Campinas- UNICAMP Angélica Silva de Almeida "A Loucura Espírita no Brasil". Percebam que o termo Kardecismo foi utilizado como sinônimo de Espiritismo, demonstrando que a confusão iniciada no meio espírita começa a atingir também a mídia. Isto é tudo que alguns inimigos da Doutrina Espírita querem, pois ela deixaria de ser a revelação dada por uma plêiade de espíritos liderados pelo Espírito da Verdade para ficar resumida em uma única pessoa.
Antigamente falava-se em espiritismo de mesa branca, espírita de mesa branca e a mesa branca foi substituída por Kardecismo ou Kardecista, alguns centros chegam a incluir em sua denominação Centro Espírita Kardecista.
Entre os espíritas ainda predomina o aprendizado verbal ouve-se alguém dizer acha-se bonito e vai se repetindo, sem se parar para refletir se isto condiz com o que aprendemos. Apenas como exemplo já perceberam como o termo karma foi incorporado ao linguajar de alguns "espíritas". O que mais ouvimos é que a leitura do Livro dos Espíritos é muito difícil por isto esta verdadeira enxurrada de romances, muitos deles com erros graves em relação a Doutrina e são vendidos dentro da própria casa espírita, basta se dizer que o livro é psicografado para se tornar uma obra espírita, mas esta é uma história que fica para uma outra vez.
Para explicar porque não sou espírita Kardecista, chamo em minha defesa o Sr. Allan Kardec, que sem dúvida era o bom senso encarnado e que já imaginando as distorções que poderiam ocorrer fez questão de deixar bem claro logo no primeiro parágrafo da introdução do Livro dos Espíritos o seguinte: "Para se designarem coisas novas são precisos termos novos. Assim exige a clareza da linguagem para evitar confusão inerente à variedade de sentidos das mesmas palavras." e mais a frente estabelece "Os adeptos do Espiritismo serão, Espíritas ou se quiserem Espiritistas."
Recorro agora a equipe de espíritos responsáveis pelo Livro dos Espíritos, vamos aos prolegômenos deste livro, que nos dizem: "Este livro é o repositório de seus ensinos, foi escrito por ordem e mediante ditado de Espíritos superiores para estabelecer os fundamentos de uma filosofia racional. Nada contém que não seja a expressão do pensamento deles e que não tenha sido por eles examinado. Só a ordem e a distribuição metódica das matérias, assim como as nota e a forma de algumas partes da redação constituem obra (d?)aquele que recebeu a missão de os publicar".
Portanto a simples leitura da Introdução e dos Prolegômenos do Livro dos Espíritos já bastaria para que não criássemos termos novos para definir o que já está definido e muito bem definido. Seria interessante ainda aos que se dizem espíritas Kardecista lerem o Capitulo I de A Gênese que trata do Caráter da Revelação Espírita , em especial o item 45 que aqui reproduzimos:
"A primeira revelação teve a sua personificação em Moisés, a segunda no Cristo, a terceira não a tem em indivíduo algum. As duas primeiras foram individuais, a terceira coletiva; aí está um caráter essencial de grande importância. Ela é coletiva no sentido de não ser feita ou dada como privilégio de pessoa alguma; ninguém, por conseqüência, pode inculcar-se como seu profeta exclusivo; foi espalhada simultaneamente, por sobre a Terra, a milhões de pessoas, de todas as idades e condições, desde a mais baixa até a mais alta da escala, conforme esta predição registrada pelo autor dos Atos dos Apóstolos: "Nos últimos tempos, disse o Senhor, derramarei o meu espírito sobre toda a carne; os vossos filhos e filhas profetizarão, os mancebos terão visões, e os velhos, sonhos." (Atos,cap.II,vv. 17,18.) "Ela não proveio de nenhum culto especial, a fim de servir um dia, a todos, de ponto de ligação."
Com base neste item Kardec faz uma nota explicando o seu papel "neste grande movimento de idéias". Neste mesmo livro no Cap. XVII, Predições do Evangelho item 40, podemos ler : "Não é uma doutrina individual, uma concepção humana; ninguém pode dizer-se seu criador. É o produto do ensino coletivo dos espíritos, ao qual preside o Espírito de Verdade." E no rodapé da pagina joga uma pá de cal sobre este assunto, escrevendo o seguinte:
"Todas as doutrinas filosóficas e religiosas trazem o nome da individualidade fundadora: o mosaismo, o cristianismo, o maometismo, o budismo, o cartesianismo, o furierismo, san-sinomismo, etc...
A palavra Espiritismo ao contrário, não lembra nenhuma personalidade, ela encerra uma idéia geral, que indica, ao mesmo tempo, o caráter e a fonte múltipla da doutrina."
Portanto baseado em tudo que aprendi até agora, sou Espirita e ponto final.
(Publicado no Boletim GEAE- Grupo de Estudos Avançados Espíritas- Número 429 )

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